Guerra de nervos


"O brasileiro trabalha em média 52 horas por semana e a tendência é que essa carga horária aumente consideravelmente na próxima década. Além disso, as responsabilidades de cada profissional devem se tornar ainda mais pesadas, com o gradativo acúmulo de funções (uma característica da era pós-industrial) e o acirramento da competitividade em todos os setores produtivos. É inevitável, portanto, que cresça também o número de trabalhadores estressados – e, conseqüentemente, de estudos sobre o stress, uma área de pesquisa que dificilmente produz algo que vá além do óbvio. Pois bem, um estudo não tão óbvio acaba de ser divulgado pela filial brasileira da International Stress Management Association (Isma), instituição formada por médicos e psicólogos e presente em doze países. Ele mostra que mulheres e homens se estressam mais ou menos no trabalho por diferentes razões. Para o estudo, foram ouvidos 600 funcionários de quatro grandes empresas em São Paulo, Porto Alegre e Belém. Numa primeira etapa, os participantes foram perguntados sobre o que lhes causava mais perturbação no escritório. Chegou-se a dezoito fatores, desde excesso de exigências por parte da chefia até tensões provocadas pelas novas tecnologias (internet fora do ar, celular sem sinal etc.). Em seguida, homens e mulheres foram entrevistados separadamente, para que se identificassem os principais motivos de stress em cada grupo. (Rosana Zakabi)



"O que mais causa stress nas mulheres é a sobrecarga de trabalho."

"Entre os homens, é o medo de perder o emprego."